A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, por meio da Vigilância Sanitária, classificou como clandestino o funcionamento da clínica de transplante capilar Stanley’s Hair, que foi interditada em maio de 2024 devido a graves irregularidades. Apesar da interdição oficial, o estabelecimento segue realizando atendimentos em outro endereço, o que configura prática ilegal, segundo o órgão.
Originalmente localizada na Avenida Dom Bosco, a clínica teve suas atividades suspensas após uma inspeção que identificou diversas falhas sanitárias e estruturais. Entre os problemas encontrados estavam a ausência de alvará sanitário, a inexistência de certificações de responsabilidade técnica de médicos e enfermeiros, medicamentos vencidos e a falta de equipamentos adequados com seus respectivos planos de manutenção.
Apesar da interdição e da multa no valor de R$ 197 mil, a clínica continua em operação em uma clínica de estética na Avenida Isaac Póvoas. A Vigilância Sanitária reforça que um estabelecimento interditado não pode, sob nenhuma circunstância, retomar suas atividades em outro local sem regularização e nova autorização.
“Essa prática caracteriza o funcionamento de uma clínica clandestina, sujeita às penalidades previstas em lei”, declarou a Vigilância em nota oficial.
Durante a fiscalização realizada em maio de 2024, a unidade foi considerada de alto risco sanitário. O relatório da inspeção revelou, por exemplo, a ausência do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) dos funcionários e a falta de uma Comissão de Controle de Infecção – exigência para unidades de saúde.
Uma das situações mais alarmantes foi o uso de tapetes higiênicos destinados a animais para conter o sangue dos procedimentos capilares, prática considerada totalmente inadequada em ambiente clínico.
A Vigilância informou que a empresa chegou a apresentar um novo projeto arquitetônico para tentar regularizar a situação, mas o documento foi reprovado. Até o momento, o estabelecimento não tem permissão para funcionar legalmente.
“O local permanece sem autorização para funcionamento até que todas as exigências legais e sanitárias sejam atendidas e aprovadas pela fiscalização”, conclui o comunicado.
