O Estádio Olímpico completa 71 anos na próxima sexta-feira (22) próximo à sua demolição total, enquanto o Grêmio avança na resolução do imbróglio jurídico que impede a incorporação definitiva da Arena ao patrimônio do clube. A compra de dois terços da dívida de construção pelo empresário Marcelo Marques em julho – por R$ 80 milhões, ante R$ 20 milhões do clube – destravou o processo, removendo a alienação judicial do estádio e permitindo a baixa da penhora. A expectativa nos bastidores é que o acordo seja concluído ainda este ano, encerrando uma espera que se arrasta desde 2013.
O impasse permanece devido à resistência das empresas OAS 26 e Karagounis (ligada à Caixa Econômica Federal) em assinar a escritura de permuta sem definir previamente as obrigações de investimentos no entorno da Arena. Enquanto a Karagounis mantém diálogo com o clube, a OAS 26 busca negociar com a prefeitura a transferência de parte da área do Olímpico como contrapartida pelas obras de infraestrutura – questão acompanhada pelo Ministério Público. O vice-presidente gremista Eduardo Magrisso reforça que o clube está pronto para a “troca de chaves sem condicionantes”, destacando o apoio da prefeitura no processo.
A solução do caso permitirá não apenas a demolição do Olímpico – estádio histórico do Grêmio –, mas também a consolidação jurídica da Arena como patrimônio do clube, encerrando uma década de incertezas sobre o futuro do projeto. O desfecho é aguardado como um marco para a estabilidade financeira e operacional do Grêmio.