A recém-nascida, cuja mãe foi assassinada pela bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira, está sob os cuidados da avó materna. O crime chocou a região e expôs detalhes de um plano macabro para roubar a criança.
“Agora ela vai para minha casa, e o pai também vai, para que eu possa estar auxiliando”, disse a avó da bebê, Ana Paula Azevedo, em entrevista à TV Record.
O pai da criança também expressou sua dor: “É muito bom sair com ela daqui. Eu nem sei o que dizer. Era para ser um dia muito feliz antes de acontecer essa tragédia”.
A adolescente E.A.S., de 16 anos, foi morta na quarta-feira (12) por Nataly Helen, que confessou o crime. A assassina planejou o assassinato para ficar com a criança. O corpo da vítima foi encontrado em uma cova rasa, com sinais de enforcamento e cortes no abdômen para a retirada do bebê.
Segundo o perito Jacques Trevizan, E.A.S. ainda estava viva quando o bebê foi retirado. “Sacolas plásticas foram usadas para abafar os gritos, e a menor morreu pela perda de sangue”, explicou.
Nataly Helen e o marido foram detidos após tentarem registrar a criança no Hospital Santa Helena, alegando que ela havia nascido em casa. Exames comprovaram que Nataly não estava grávida.
A Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano, destacou que os cortes no corpo da vítima indicavam domínio de técnicas cirúrgicas. Nas redes sociais, Nataly se apresentava como bombeira civil e socorrista.
O conselheiro tutelar Samuel Almeida garantiu que a recém-nascida terá todo o acompanhamento necessário. “Vamos continuar acompanhando todas as condições sempre que der”, afirmou.
O caso continua sob investigação, e o crime chocou a comunidade local, levantando discussões sobre segurança e proteção às vítimas de violência.