O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (União), afirmou que a composição da Mesa Diretora eleita para o biênio 2025-2026 deve ser mantida, mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) derrube a eleição. “Se houver outra eleição, vai manter o que está aí. Não vejo necessidade nenhuma de mudança”, disse Botelho, descartando qualquer possibilidade de pleitear o cargo de primeiro-secretário, ao contrário do que foi informado na semana passada. “Essa informação não procede”, afirmou o presidente.
Botelho acredita que a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, será rejeitada pelo STF. A ADI questiona a eleição da Mesa Diretora por ocorrer antes de outubro, contrariando a Constituição Federal, que estabelece o mês como prazo para a eleição nas casas legislativas. No entanto, ele acredita que, caso o Supremo aceite a ação, o novo entendimento deverá valer apenas para futuras formações de mesas diretoras.
“Eu acredito que vai ser mantido, porque o Supremo não tinha essa decisão. Na verdade, ele [Gonet] entrou contra várias assembleias e eu acredito que não vai anular a eleição. Acredito que o Supremo vai fazer uma modulação daqui para frente”, declarou Botelho. Ele ainda ressaltou que aguarda a notificação judicial para se manifestar oficialmente contra a ADI.
A futura Mesa Diretora da Assembleia Legislativa terá como presidente o deputado Max Russi (PSB), com Júlio Campos (União) como vice-presidente e Doutor João (MDB) como primeiro-secretário.