Em 2024, a violência contra a mulher voltou a ser um tema central no futebol brasileiro, com os casos de Robinho e Daniel Alves, que envolvem estupro coletivo e violência sexual, respectivamente, gerando repercussão nacional. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e as 25 equipes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, masculino e feminino, tem tomado medidas de combate a violência contra as mulheres nas categorias de base, futebol feminino e no profissional masculino.
Apesar das ações de conscientização e prevenção, como palestras e manuais de conduta, apenas 12 clubes responderam ao levantamento, com destaque para iniciativas como as do Atlético-MG, que possui um programa específico de ética e denúncias, e do Cruzeiro, que tem um canal de denúncias ativo e reforça a campanha “Quebre o Silêncio”. No entanto, o medo de retaliação e a falta de punições efetivas ainda são um grande obstáculo para as atletas que enfrentam violência no ambiente esportivo.
O cenário reflete a luta constante para que a impunidade deixe de ser a norma, especialmente com a crescente cobrança das torcidas e o fortalecimento da representatividade das mulheres dentro do futebol. A CBF também tem se empenhado em ações educativas, implementando treinamentos e um código de ética para combater o assédio sexual e moral nas seleções brasileiras.