Nos primeiros dois meses do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2024/2025, a contratação de crédito rural sofreu uma queda significativa, com uma redução de 40,57% no Brasil em comparação ao mesmo período do ano passado. Em Mato Grosso, o cenário é ainda mais preocupante, com uma retração de 65%. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a principal causa é a falta de recursos equalizados para custeio e investimento, agravada por taxas de juros livres pouco atrativas. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) afirma que a necessidade de crédito aumentou devido a perdas na safra, mas as dificuldades de acesso ao crédito têm prejudicado os produtores.
A maior queda foi registrada nos recursos controlados, com retração de 40%, e no PROIRRIGA e PCA, que despencaram 85,70% e 82,45%, respectivamente. Além disso, a letra de crédito agropecuário (LCA) teve uma redução de 80% na contratação. A Aprosoja-MT também aponta que novas regulamentações, como a Resolução nº 5.081 do Conselho Monetário Nacional e o Decreto 11.688/23, têm criado barreiras adicionais ao crédito, principalmente para propriedades com embargos ambientais ou em processo de regularização fundiária.