Deputado Dal Bosco rejeita CPI e diz que consignados já são investigados

ALMT Mulheres

O líder do governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Dilmar Dal Bosco (União), voltou a se posicionar contra a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o escândalo dos empréstimos consignados que prejudicaram milhares de servidores públicos no estado.

Questionado sobre o novo inquérito do Ministério Público Federal (MPF), que pediu a atuação da Polícia Federal (PF) no caso, Dal Bosco afirmou desconhecer o procedimento, mas reforçou que as investigações já estão em andamento em outras instâncias.

“Eu não sei se a Polícia Federal vai investigar, até porque a Polícia Civil está investigando, o Tribunal de Contas, todo mundo tá acompanhando. Eu não tenho problema nenhum, acho que tem que ser investigado”, disse.

O parlamentar justificou sua resistência à CPI argumentando que a Assembleia Legislativa apenas reproduziria informações já apuradas por órgãos de controle.

“Nós vamos produzir aqui dentro da Assembleia Legislativa, vamos pegar o que tem apurado pelo Tribunal de Contas, pela Polícia Civil. Nós vamos pedir esses dados para nós e vamos fazer uma investigação que já foi feito pela polícia. Fazer um relatório e entregar para quem? Se para os órgãos que competem, que é a Polícia Civil, o Ministério Público, o Ministério Público Federal, Tribunal de Contas, nós vamos fazer um relatório para entregar para eles do que eles já têm de informações. Então, eu não vejo que ela contribui com alguma coisa nesse momento. Isso que eu falei no colégio de liderança”, completou.

Pressão política contra a CPI

Atualmente, há dois requerimentos na ALMT pedindo a abertura da CPI: um do deputado Gilberto Cattani (PL) e outro do deputado federal Henrique Lopes (PT). Ambos têm apenas quatro assinaturas cada, número insuficiente para instalação da comissão.

Nos últimos dias, o governo Mauro Mendes (União) tem trabalhado nos bastidores para evitar que mais deputados apoiem a investigação, temendo um desgaste político. O Executivo argumenta que o caso já está sendo apurado por órgãos como Polícia Civil, MPF e Tribunal de Contas, tornando a CPI desnecessária.

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