O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) confirmou nesta terça-feira (5) a candidatura do irmão, senador Jayme Campos (União Brasil), ao governo de Mato Grosso em 2026. O nome já era especulado há meses, mas a expectativa de apoio do atual governador Mauro Mendes (União Brasil) não se concretizou – o chefe do Executivo estadual tem como preferência o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), mesmo sendo de outra sigla.
“União Brasil só tem um nome, que é Jayme Campos para governador e Mauro Mendes para o Senado. O Republicanos tem o nome do vice-governador Otaviano Pivetta e o PL tem o nome do senador Wellington Fagundes”, afirmou Júlio Campos.
O parlamentar avaliou que os três representam boas opções e que vencerá “aquele que fizer o melhor trabalho”. Ele também citou que havia uma movimentação em torno do empresário Odílio Balbinotti (PL), mas o projeto não avançou.
Encontro com Fávaro não significa aliança
Júlio Campos revelou que participou de um jantar na semana passada com o ministro e senador licenciado Carlos Fávaro (PSD), que busca a reeleição ao Senado. No entanto, negou que o encontro indique uma aproximação com o grupo aliado do presidente Lula.
“Democraticamente, nos posicionamos. O Fávaro não é candidato a governador, é candidato a senador da República. Jayme não é candidato a senador, é a governador do Estado”, explicou, descartando conflito entre as candidaturas.
“Direita está mais forte do que nunca”
O deputado defendeu que a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso desde segunda-feira (4), tem sido injusta, mas fortalece a direita em Mato Grosso, onde o grupo já é majoritário.
“Eu acho que a direita está mais forte do que nunca. Nós somos mais de 50% do Brasil. Então, não há porquê. Não somos direita extremista, radical, fanática. Mas somos a direita consciente de que temos força para eleger o futuro presidente”, declarou.
Como Bolsonaro está inelegível, Júlio Campos defende a união dos conservadores em torno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a disputa presidencial.