Empresários prometeram R$ 200 mil por assassinato do advogado Renato Nery em Cuiabá, diz MP

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O casal de empresários Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) como mandante do assassinato do advogado Renato Gomes Nery, ocorrido no dia 5 de julho, em Cuiabá. Segundo a denúncia, o crime foi encomendado mediante a promessa de pagamento de R$ 200 mil aos executores.

De acordo com o MP, Julinere e Cesar foram os mentores intelectuais do crime, motivado pela perda de uma ação judicial contra o advogado, relacionada à disputa de uma área de mais de 12 mil hectares no município de Novo São Joaquim (MT). Inconformada com a decisão judicial, Julinere teria articulado os contatos para viabilizar a execução, enquanto Cesar providenciou os recursos financeiros.

O principal intermediário entre o casal e os executores seria o policial militar Jackson Pereira Barbosa, responsável não só pela intermediação, mas também pelo fornecimento da arma do crime: uma Glock G17, calibre 9 mm, equipada com seletor de tiro para uso semiautomático e automático, adaptada para disparos em rajada.

Segundo as investigações, Jackson contratou o também policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que por sua vez recrutou o executor Alex Roberto de Queiroz Silva. Ambos confessaram, em depoimento à Polícia Civil, que foram contratados para matar o advogado. Apesar da promessa de pagamento de R$ 200 mil, os dois afirmaram que apenas R$ 150 mil foram efetivamente pagos.

Renato Nery foi atacado a tiros em frente ao seu escritório de advocacia, localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, e foi atingido na cabeça. Ele chegou a ser socorrido e passou por cirurgia em um hospital particular, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada do dia seguinte.

Até o momento, dez pessoas foram denunciadas pelo crime. Julinere, Cesar, Jackson, Heron, Ícaro e Alex estão presos preventivamente. Outros quatro policiais militares também foram denunciados por envolvimento na tentativa de ocultar provas, ao forjarem um confronto simulado para destruir a arma usada no homicídio. São eles: Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso.

Esses quatro chegaram a ser presos, mas atualmente respondem em liberdade, submetidos a medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Em trecho da denúncia, o Ministério Público afirma:

“O denunciado Cesar, em conjunto com a denunciada Julinere, contratou a execução da vítima Renato Gomes Nery mediante o pagamento da quantia de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).”

ALMT Mulheres

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