Após a derrota por 1 a 0 para o Botafogo, no Estádio Nilton Santos, na noite de sábado, o Atlético-MG desembarcou em Belo Horizonte sob pressão. Na chegada ao Aeroporto Internacional de Confins, a delegação alvinegra foi abordada por membros de uma torcida organizada, que expressaram sua insatisfação com o momento do time.
O Galo completou um mês sem vencer na temporada. A última vitória aconteceu em 21 de agosto, contra o Godoy Cruz, na Argentina, pela volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana. Desde então, foram sete jogos sem triunfo: cinco derrotas e dois empates.
Durante a cobrança no desembarque, os atletas Guilherme Arana e Everson, além do diretor de futebol Victor Bagy, conversaram com os torcedores, escoltados por seguranças do clube e policiais militares. O ambiente barulhento dificultou a compreensão de parte do diálogo, mas trechos da conversa evidenciaram o clima de cobrança.
“Já fui torcedor. Tenho um irmão que é torcedor (…) Cabe a mim, ao Everson, repassar essa insatisfação. O grupo sabe da situação. Felizmente ainda temos tempo para reagir”, disse Arana.
Um dos torcedores também apelou ao sentimento dos jogadores:
“Se não for por vocês, que seja pelo sonho de criança que vocês realizaram.”
Após o encontro, o elenco foi liberado. Os jogadores têm folga neste domingo e retomam os treinamentos na segunda-feira. Na próxima quarta-feira, às 19h (horário de Brasília), o Atlético volta a campo para enfrentar o Bolívar, na Arena MRV, pela partida de volta das quartas de final da Copa Sul-Americana.
O primeiro duelo, em La Paz, terminou empatado em 2 a 2. Quem vencer, avança às semifinais. Em caso de novo empate, a vaga será decidida nos pênaltis.