A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta quinta-feira (15.05), a Operação Codinome Fantasma II, cumprindo 94 ordens judiciais contra uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, venda ilegal de armas e introdução de celulares em presídios. As ações, autorizadas pela 5ª Vara Criminal de Sinop, incluem 31 mandados de prisão, 51 buscas e apreensões e 12 bloqueios de contas bancárias e bens.
As diligências ocorrem em Sinop, Rondonópolis, Cuiabá e em Santa Catarina, com um efetivo de 215 policiais civis, além do apoio da inteligência da Polícia Judiciária. A operação é uma continuação da primeira fase, realizada em outubro de 2024, que cumpriu 143 mandados e revelou novos crimes após análise das provas coletadas.
Esquema criminoso envolvia até agente penitenciário
As investigações, iniciadas em fevereiro de 2024, identificaram um sistema de lavagem de dinheiro por meio de empresas fictícias, além do tráfico de drogas e armas. Um dos alvos é um policial penal acusado de facilitar a entrada de celulares no presídio Dr. Osvaldo Florentino (Ferrugem), em Sinop.
Outro núcleo do grupo atuava no bairro Jardim Violeta, onde lavava dinheiro, traficava drogas e negociava armas ilegais para crimes violentos. Os investigados também são suspeitos de corrupção ativa e passiva e integração em facção criminosa.
Combate às facções sob a estratégia “Tolerância Zero”
A operação faz parte do programa Inter Partes, do Governo de Mato Grosso, que intensificou a repressão ao crime organizado no estado. O nome “Fantasma” refere-se ao uso de “laranjas” e empresas falsas para ocultar atividades ilícitas.
Com a nova fase, a Polícia Civil reforça seu compromisso em desmantelar redes criminosas que atuam em múltiplas frentes, desde o tráfico até a corrupção no sistema prisional.
