Nesta terça-feira, 9 de setembro, a Polícia Civil realizou a Operação Reditus, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por movimentar grandes quantidades de drogas em Cuiabá e nos municípios vizinhos da região metropolitana.
A ofensiva foi conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (Denarc), com base em desdobramentos da Operação Maximus – Fase 2, que revelou a existência e o funcionamento estruturado do grupo criminoso.
Ao todo, foram cumpridos nove mandados judiciais, sendo quatro de prisão preventiva e cinco de busca domiciliar. As ações ocorreram nos bairros Três Barras, Altos da Serra II, Residencial Jamil Boutros Nadaf, Jardim Leblon e Ilza Terezinha, todos localizados em Cuiabá. As ordens foram expedidas pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juízo das Garantias da Comarca de Cuiabá.
Com base em informações obtidas anteriormente e em diligências realizadas em campo, os investigadores conseguiram mapear novas conexões entre integrantes já identificados e outros envolvidos com o tráfico de drogas e com o grupo criminoso. O inquérito revelou que a organização possuía uma estrutura sólida e bem definida, com funções específicas distribuídas entre os membros — desde a aquisição até a revenda de entorpecentes. Também foram identificadas transações envolvendo armas de fogo, o que agravou ainda mais o cenário criminoso.
Durante a apuração, foi constatado que os envolvidos utilizavam códigos e faziam transações financeiras por meio do sistema PIX para negociar drogas. Além do tráfico e da associação criminosa (artigos 33 e 35 da Lei nº 11.343/2006), os investigados apresentavam movimentações financeiras compatíveis com atividades ilícitas.
Segundo o delegado Wilson Cibulsky Júnior, titular da Denarc, a operação tem como finalidade interromper a continuidade das práticas criminosas, retirar reincidentes de circulação e aprofundar as investigações em curso. “Queremos garantir a aplicação da lei penal e preservar a ordem pública”, afirmou.
Já o delegado Marcelo Miranda Muniz, responsável pela investigação, ressaltou que a operação é mais uma etapa no enfrentamento ao tráfico na capital. “A Denarc tem atuado com base em investigações aprofundadas, uso de inteligência policial e trabalho pericial, buscando enfraquecer a estrutura das organizações envolvidas com o tráfico”, explicou.
Sobre o nome da operação
O termo Reditus, em latim, significa retorno. O nome foi escolhido para simbolizar a retomada das investigações iniciadas na Operação Maximus – Fase 2, permitindo o avanço de linhas investigativas anteriores e a identificação de novas conexões criminosas. Além disso, o nome faz referência ao ciclo repetitivo das práticas ilícitas dos investigados, que continuam atuando no tráfico de drogas mesmo após operações anteriores.
A escolha do nome também reflete o propósito central da operação: quebrar esse ciclo de criminalidade persistente e reforçar o compromisso da Polícia Civil no enfrentamento às organizações criminosas que atuam no comércio ilegal de entorpecentes na capital mato-grossense e região.