PF assume fiscalização dos consignados em MT

ALMT Mulheres

Fonte: Redação Consórcio de Imprensa de VG

A entrada da Polícia Federal na fiscalização dos empréstimos consignados em Mato Grosso foi celebrada por representantes sindicais e políticos, que veem a medida como um passo fundamental para coibir práticas irregulares no sistema financeiro. O presidente do SINPAIG/MT, Antônio Nicácio, destacou a importância da atuação da PF, afirmando que “representa a independência e um trabalho muito sério” na investigação de denúncias relacionadas a crimes financeiros.

Nicácio ressaltou que a presença da Polícia Federal é um indicativo da seriedade das denúncias apresentadas pelos sindicatos e pela federação, especialmente no que diz respeito a crimes contra o sistema financeiro. “A Polícia Federal entra para discutir a questão dos crimes federais, não informação de dados ao registrato do Banco Central”, explicou. Ele também enfatizou a confiança no trabalho da Polícia Civil de Mato Grosso, mas expressou otimismo em relação à celeridade que a PF pode trazer às investigações.

O presidente do SINPAIG/MT informou que o sindicato está se mobilizando para apresentar novas representações à Delegacia de Combate à Corrupção, visando reforçar as investigações em andamento. “A gente espera que daqui para frente as coisas caminhem com maior celeridade”, afirmou Nicácio, ressaltando a preocupação em evitar a evasão de divisas e o apagamento de dados sensíveis nos sistemas de informação da Secretaria de Gestão e Planejamento.

A deputada estadual Janaína Riva também se manifestou sobre o assunto, enfatizando a relevância da entrada da Polícia Federal nas investigações. “Estamos tratando de crimes bancários, e a Polícia Federal é quem tem autonomia para fazer o rastreio”, destacou. Riva mencionou a suspeita de um grande crime relacionado a um banco específico, onde mais de 12 mil servidores contraíram empréstimos consignados. “Através da média apresentada pela própria SINPAIG, cada servidor tem em média 5 consignados, o que resulta em cerca de 60 mil contratos apenas nesse banco”, alertou.

A deputada enfatizou a importância dessa participação para esclarecer as irregularidades e separar as instituições financeiras que agem de boa fé das que cometem crimes contra os servidores. “É fundamental cobrar e punir aqueles que agiram com má fé”, concluiu.

Com a atuação da Polícia Federal, espera-se que as investigações avancem rapidamente, trazendo maior transparência e segurança ao sistema de empréstimos consignados em Mato Grosso. A mobilização conjunta entre sindicatos e autoridades representa uma esperança renovada para os servidores e uma promessa de justiça em um cenário marcado por desconfiança.

ALMT Mulheres