Na casa do jovem foram encontrados maconha e uma arma de fogo falsa; vítimas sofreram tortura durante horas
A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu, nesta quinta-feira (10), um jovem de 18 anos acusado de participar da aplicação de um “salve” punição determinada por facções criminosas contra dois homens, de 27 e 34 anos, no município de Colíder (630 km de Cuiabá).
O suspeito foi localizado no bairro Celídio Marques e autuado por associação criminosa, sequestro, cárcere privado, corrupção de menores e tortura. Durante o cumprimento do mandado, os policiais encontraram uma porção de maconha e uma arma de fogo falsa no quarto do suspeito, que foram apreendidas.
O crime aconteceu no dia 25 de junho. As vítimas, naturais do Pará, estavam em uma confraternização entre amigos. Após parte dos convidados ir embora, ficaram apenas os dois homens e uma mulher na residência. Foi então que a mulher teria chamado outros membros de uma facção criminosa para o local.
Os criminosos invadiram a casa, amarraram as vítimas com fios elétricos e passaram a agredi-las violentamente. De acordo com o relato, as vítimas foram torturadas com cabos de vassoura, enxadas, fios e facas. Os suspeitos as acusavam de serem integrantes de uma facção rival, por serem de outro estado.
Segundo a investigação, a líder do ataque seria uma mulher de 35 anos, que se identificava como chefe da facção. Durante a sessão de tortura, as vítimas foram forçadas a dançar, enquanto os criminosos ingeriam bebida alcoólica e faziam churrasco no local. Ambas ficaram com hematomas por todo o corpo, especialmente nas costas e nos braços.
A Polícia Civil foi acionada e, ao chegar ao local, surpreendeu parte do grupo. Dois jovens de 22 anos tentaram fugir, mas foram detidos. Na ocasião, cinco pessoas foram presas em flagrante: três mulheres e dois homens. No entanto, outros dois envolvidos conseguiram escapar antes da chegada dos policiais.
Um desses foragidos é o jovem preso nesta quinta-feira. Ele foi conduzido para a Delegacia de Colíder e permanece à disposição da Justiça. A investigação segue em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e esclarecer todos os detalhes do caso.