Polícia Civil prende suspeitos por tortura e morte de jovem em Nova Mutum; ossada foi localizada em abril

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Executor já cumpre pena por outro homicídio e é apontado como “disciplina” de facção criminosa

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu, nesta quarta-feira (16.07), dois mandados de prisão preventiva contra suspeitos envolvidos na tortura e homicídio de David Araújo dos Santos, de 24 anos, ocorrido em novembro de 2024, no município de Nova Mutum. A ossada da vítima foi localizada em abril deste ano, durante as investigações conduzidas pela Delegacia da Polícia Civil da cidade.

De acordo com o delegado Jean Paulo Ferreira Nascimento, responsável pelo caso, a apuração identificou que David foi sequestrado, levado para uma residência, torturado e morto com diversos golpes de faca, tendo, inclusive, o pescoço cortado. O crime teria sido motivado por uma suposta ligação da vítima com uma facção rival, já que ele era oriundo do estado de São Paulo.

“Essa guerra entre facções tem gerado esse tipo de crime. Quando chega alguém de fora, esses criminosos presumem que seja integrante de grupo rival e determinam a execução. A vítima foi levada para uma casa, e, após uma ligação para a liderança da facção, foi dada a ordem para matá-lo”, explicou o delegado.

O primeiro mandado foi cumprido no bairro Prohab I, em Nova Mutum, onde um jovem de 19 anos foi detido em sua residência. O segundo suspeito, de 24 anos, já se encontrava preso no Presídio Ferrugem, em Sinop, por envolvimento em outro homicídio. Ele foi identificado como o executor do crime e apontado nas investigações como “disciplina” da facção — o membro responsável por aplicar punições e castigos a mando da liderança criminosa.

David Araújo dos Santos foi dado como desaparecido em novembro de 2024. Somente em 2 de abril de 2025, sua ossada foi encontrada em avançado estado de decomposição, em uma área de mata fechada conhecida como “Linha do Lixão”, na zona rural de Nova Mutum.

O corpo foi encontrado com cordas vermelhas amarradas nos punhos e tornozelos, indicando que a vítima foi submetida a tortura e executada de forma cruel, sem qualquer chance de defesa.

Laudos periciais emitidos pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmaram que a causa da morte foi homicídio qualificado, cometido com meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, configurando um crime com características de extrema violência.

As investigações seguem para identificar outros possíveis envolvidos no crime, incluindo autores intelectuais e cúmplices da facção criminosa. A Polícia Civil não descarta novas prisões nos próximos dias.

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