O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (União), afirmou que a atuação do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) no parlamento impactou diretamente as articulações para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria supostas fraudes em empréstimos consignados de servidores públicos e pensionistas do Estado.
Em entrevista ao programa Opinião, da TV Pantanal (canal 22), Botelho revelou dois fatores principais que impediram o avanço da proposta: a atuação de Pivetta e as disputas políticas entre PT e PL.
“Ele fez o que os secretários já deveriam ter feito lá atrás: assumir a responsabilidade. Admitiu que o Estado errou, que houve falhas lá dentro e que iria trabalhar para corrigir. Para mim, foi um ponto de virada e um balde de água fria para os deputados que queriam criar uma CPI”, declarou Botelho.
O parlamentar destacou ainda que outro obstáculo foi a “queda de braço” entre deputados do PL e do PT pela autoria da proposta de CPI, o que acabou travando o processo investigativo. A declaração de Botelho revela as tensões políticas por trás da não instalação da comissão, que pretendia apurar irregularidades no sistema de empréstimos consignados no estado.