A senadora Margareth Buzetti (PSD) reforçou nesta semana sua defesa por mudanças no Bolsa Família para que beneficiários do programa possam ter emprego formal sem perder o auxílio. Em entrevista, ela alertou sobre a “cultura do benefício”, em que famílias evitam a carteira assinada para não serem excluídas do programa.
“Eu não critiquei o Bolsa Família. O que eu critiquei foi a pessoa não poder trabalhar registrada, porque senão ela perde o auxílio”, explicou a parlamentar. Segundo ela, essa regra atual incentiva a informalidade e impede que famílias avancem profissionalmente.
Buzetti propõe a criação de uma faixa de renda gradual, permitindo que o trabalhador formalizado continue recebendo parte do benefício enquanto se insere no mercado de trabalho. “A pessoa poderia contribuir com a previdência, gerar mais renda para si e para a economia”, argumentou. A ideia é evitar que o programa, em vez de ser uma rede de apoio, se torne um obstáculo à formalização.