O vereador e policial federal Ranalli (PL) deve apresentar na Câmara de Cuiabá uma moção de aplausos para os militares que participaram da Operação Acqua Lícita, que resultou na morte de dois suspeitos integrantes do Comando Vermelho na região do bairro 1º de Março, na capital. Durante seu mandato, Ranalli já homenageou 42 militares em poucos meses.
Os dois suspeitos mortos foram identificados como Fábio Júnior Batista Pires, conhecido como “Farrame”, e Gilmar Machado da Costa. Farrame era integrante da facção Comando Vermelho e já havia sido alvo de uma operação anterior do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ambos participavam de um esquema criminoso que envolvia extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa, prejudicando comerciantes de água mineral e aumentando os preços para os consumidores.
Ranalli criticou o fato de o vereador Jefferson Siqueira, colega da Casa de Leis, ter proposto e aprovado, no passado, uma moção de aplausos para Gilmar Machado da Costa. Siqueira alegou desconhecer a fundo a história do homenageado. O vereador também foi alvo de acusações indiretas de ser financiado pelo crime organizado quando tentou se candidatar à presidência da Câmara.
“É inaceitável que um representante público homenageie alguém envolvido em atividades criminosas. Precisamos reconhecer e valorizar aqueles que arriscam suas vidas para combater o crime e proteger a sociedade”, afirmou Ranalli.
A Operação Acqua Lícita foi mais uma ação de combate ao crime organizado em Cuiabá, destacando a atuação dos militares no enfrentamento a grupos criminosos que atuam na região. A moção de aplausos proposta por Ranalli busca reconhecer o trabalho desses profissionais em defesa da segurança pública.
