O deputado estadual Júlio Campos (União) defendeu o vereador Pablo Pereira, que foi preso na última sexta-feira (20) durante a Operação Gota d’Água, conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). Pereira é acusado de liderar um esquema criminoso no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG), utilizando sua influência política para interferir no funcionamento da Diretoria Comercial do órgão, com o objetivo de obter benefícios pessoais e promover sua campanha à reeleição.
Em entrevista à imprensa, nesta quarta-feira (25), Júlio Campos destacou que o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), agiu prontamente ao tomar conhecimento das denúncias de irregularidades no DAE. Segundo Campos, Baracat demitiu os responsáveis pelas fraudes e não compactuou com os atos ilícitos. O parlamentar também afirmou que acredita na inocência de Pablo Pereira, sugerindo que o vereador talvez não estivesse ciente da gravidade dos acontecimentos no órgão, apesar de algumas pessoas envolvidas serem ligadas politicamente a ele.
A investigação da Polícia Civil revelou que Pablo Pereira usava seu cargo para interferir diretamente na Diretoria Comercial do DAE, além de lotear cargos em troca de apoio político. A estrutura do DAE teria sido utilizada pelo vereador para promover sua campanha de reeleição, com promessas de nomeações em troca de favores eleitorais. Apesar das acusações, Pereira foi solto na última segunda-feira (23), mas segue sob investigação.
Júlio Campos, ex-prefeito de Várzea Grande, minimizou a polêmica e reiterou que o prefeito Kalil Baracat adotou todas as medidas necessárias assim que as denúncias surgiram há seis meses. Campos afirmou que a prefeitura encaminhou as suspeitas ao órgão competente para que a Deccor conduzisse as investigações e apurasse a veracidade dos fatos.
