O deputado estadual Júlio Campos (UB) negou qualquer tipo de interferência da Assembleia Legislativa na formação da chapa para a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá. Em entrevista com jornalistas, ele explicou que existe um grupo favorável à candidatura do vereador Jefferson Siqueira (PSD), com o apoio de parlamentares do União Brasil, mas rejeitou as acusações de participação ou retaliação por parte do presidente da AL, Eduardo Botelho, nos bastidores.
“Não, ninguém está interferindo. Os vereadores que são ligados a nós… eu ajudei três ou quatro vereadores de Cuiabá que foram eleitos. Ao tomarem essa decisão, eles conversam conosco. Faz parte de um projeto político para 2026. É tudo natural,” afirmou Júlio.
O deputado também revelou que foi procurado pelos vereadores Pastor Jeferson (PSD) e Marcrean Santos (MDB), que lhe comunicaram a formação de um grupo com o apoio inicial de oito vereadores.
“Não o conheço pessoalmente, não o conheço politicamente, mas já que ele está tendo o apoio inicial de seis ou oito vereadores, deve ser um bom nome, né?” questionou.
A composição da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá tem gerado polêmica, especialmente após o prefeito eleito Abilio Brunini (PL) sugerir que seu ex-adversário, Eduardo Botelho (UB), e o ministro Carlos Fávaro (PSD) estariam articulando nos bastidores para definir a Mesa Diretora de forma a prejudicar sua gestão, que começará em janeiro de 2025. Abílio chegou a afirmar que a facção criminosa ‘Comando Vermelho’ estaria atuando por trás de alguns vereadores e que detalhará o caso nos próximos dias.
Sobre a controvérsia, Júlio Campos afirmou que questões internas do Legislativo devem ser resolvidas entre os próprios parlamentares, sem a interferência do Executivo.
“Assunto interno do Legislativo tem que ser discutido pelos vereadores e não com a interferência do Executivo. Toda vez que o Executivo interfere, parece que a Câmara, Assembleia ou o Congresso é um puxadinho do Executivo”, frisou o deputado.
“É natural que todo mundo tenha sua preferência pessoal,” destacou, reforçando que as articulações dentro da Câmara são parte de um processo legítimo de construção política.