Investigado por ligação com Zampieri é alvo de operação da PF

ALMT Mulheres

O empresário Andresson Gonçalves é um dos alvos da Operação Ultima Ratio, que investiga a suspeita de um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Contra ele, há mandatos de busca e apreensão. Deflagrada pela Polícia Federal, a operação realizada no afastamento de cinco desembargadores da Corte sul-mato-grossense: o presidente Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marco José de Brito Rodrigues.

Andresson também é investigado por suspeita de ser lobista em um esquema de vendas de sentenças no Superior Tribunal de Justiça. O empresário, que atua no ramo de transportes, teria atuado em conluio com o advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro do ano passado em Cuiabá. Segundo uma fonte da PF, a operação desta quinta cumpre mandatos em cinco endereços unidos a Andresson, um deles sendo sua casa no residencial Alphaville, em Cuiabá. Ainda conforme a fonte, como o imóvel estava fechado e não havia ninguém, os policiais tiveram que contar com o auxílio de um chaveiro.

Segundo as investigações, o grupo é suspeito de lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa. Os magistrados terão que usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessá-los nas dependências dos órgãos públicos e de se comunicarem com outras pessoas investigadas. A operação é fruto de três anos de investigação da Polícia Federal.

O nome Ultima Ratio faz referência a um princípio do Direito segundo o qual a Justiça é o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade. Além de Cuiabá, os 44 mandatos de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça estão sendo cumpridos em Campo Grande (MS), Brasília (DF) e São Paulo (SP). Uma série de reportagens publicadas pela revista Veja nas últimas semanas revelou a relação entre Andresson e Zampieri. Conforme a publicação, os dois deveriam se unir para “um negócio milionário”.

Andresson é suspeito de captar clientes que tinham interesse em processos que tramitavam no STJ. “O empresário usava sua rede de contatos em Brasília para manipular o resultado de julgamentos. O esquema, revelado por Veja há duas semanas, funcionou até dezembro do ano passado, quando Zampieri foi morto em Cuiabá”, diz a citação.

ALMT Mulheres

Deixe uma resposta